sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Rap do Dewey – Tradução



Muitos já devem ter visto, nos blogs por aí, o vídeo “The Dewey Decimal Rap”. Eu vi a primeira vez no Web Librarian e adorei! Ano passado, fui monitora de CDD (Classificação Decimal de Dewey), na Faculdade e, como foi uma ótima experiência, tenho uma simpatia especial por esse sistema de classificação. Se tivesse conhecido o vídeo antes, certamente teria mostrado aos colegas durante a monitoria, pois “tirar uma onda” também ajuda a aprender. Entender as classes principais que representam as grandes áreas do conhecimento na “levada” do rap pode ser divertido! Como não encontrei nenhuma tradução da letra, resolvi propor uma. Muito provavelmente não seja a melhor tradução, mas é uma versão, e aceito sugestões. “À procura da batida perfeita”[1], tomei a liberdade de inserir termos empregados em letras de rap em português. É isso aí, “sangue bom”[2], como representante da periferia da blogosfera, apresento “pros manos e pras minas” o “Rap do Dewey” na versão em português:

Olá! Meu nome é Melville Dewey! Prazer em conhecê-lo, como vai? Se você precisar de informações, se pá, vá à sua biblioteca!
Olá! Meu nome é Melville Dewey! Prazer em conhecê-lo, como vai? Se você precisar de informações, se pá, vá à sua biblioteca!

Era uma vez, na bibliolândia, eu estava procurando informação, mano. Eu não poderia encontrá-la em parte alguma. Havia livros espalhados por toda a parte. Livros por aqui, livros por ali, livros em todo lugar, mano. Eu juro! Então, eu disse, isso não pode ser, é preciso organização na biblioteca. Utilizar números, um, dois, três, e depois dar meu nome ao sistema!

Olá! Meu nome é Melville Dewey! Prazer em conhecê-lo, como vai? Se você precisar de informações, se pá, vá à sua biblioteca!
Olá! Meu nome é Melville Dewey! Prazer em conhecê-lo, como vai? Se você precisar de informações, se pá, vá à sua biblioteca!

Minha Classificação Decimal de Dewey classifica informações, sangue bom.
Minha Classificação Decimal de Dewey organiza informações, sangue bom.
Minha Classificação Decimal de Dewey é muito fácil de usar.
Minha Classificação Decimal de Dewey... essa é a bola da vez!

Digamos 000! Generalidades. (Eu curto Bibliografias!) Digamos 100! Filosofia e Psicologia. (Oh!) Digamos 200! Religião. (Eu curto a Bíblia!) Digamos 300! Ciências Sociais. (Eu curto Ciência Política!) Digamos 400! Línguas. (Eu curto Espanhol!) Digamos 500! Ciências Puras. (Eu curto Astronomia!) Digamos 600! Tecnologia. (Eu curto Engenharia!) Digamos 700! Artes. (Eu curto Fotografia!) Digamos 800! Literatura. (Eu curto Literatura Francesa!) Digamos 900! Geografia e História. (Oh!)

Olá! Meu nome é Melville Dewey! Prazer em conhecê-lo, como vai? Se você precisar de informações, se pá, vá à sua biblioteca!
Olá! Meu nome é Melville Dewey! Prazer em conhecê-lo, como vai? Se você precisar de informações, se pá, vá à sua biblioteca!

Mas Melville... você pode me dizer onde encontrar informações sobre tubarões, por favor?
Claro! Posso! Sem problemas. Eu digito no meu computador e... KA-BLAM!
597.3 Tubarões.

Mas Melville... você pode me dizer onde encontrar informações sobre Receitas Italianas, por favor?
Claro! Posso! Sem problemas. Eu digito no meu computador e... KA-BLAM!
641.8 Receitas Italianas.

Mas Dewey... você pode me dizer onde encontrar informações sobre o Titanic, por favor?
Claro! Posso! Sem problemas. Eu digito no meu computador e... KA-BLAM!
910 História do Titanic.

Olá! Meu nome é Melville Dewey! Prazer em conhecê-lo, como vai? Se você precisar de informações, se pá, vá à sua biblioteca!
Olá! Meu nome é Melville Dewey! Prazer em conhecê-lo, como vai? Se você precisar de informações, se pá, vá à sua biblioteca!

Apenas uma ressalva, o número 910 seria para "Geografia e viagens", uma notação para "História do Titanic" seria mais específica, incluindo uma síntese com a "Tabela de Lugar".


[1] Expressão retirada da canção “A procura da batida perfeita”, de Marcelo D2. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=PkAnVj2rGto&feature=player_embedded. Acesso em: 26 set. 2010.
[2] O mesmo que “gente boa”, “camarada” ou “meu amigo”.

domingo, 26 de setembro de 2010

Café de Quinta



Caros leitores do In-fólio Digital, este post é para convidá-los a conhecer meu novo blog: Café de Quinta (a origem do nome está no primeiro post). Segundo as classificações encontradas na literatura, mencionadas pelo “Blog Primitivo” (neste post aqui), podemos classificá-lo como um blog experimental (ou pessoal), entretanto, não se trata de um diário.

Para que criar outro blog? Para falar de assuntos tão variados quanto: receitas de peixes, músicas antigas, poesia, cotidiano – coisas que não me permitiria tratar aqui, onde acredito que o leitor venha buscar informações específicas e não conversas de bar (essas não menos importantes que aquelas, evidentemente, mas cada uma no seu lugar).

É esse o motivo pelo qual passei tanto tempo sem postar por aqui, estava postando por lá. Deixem seus comentários aqui e lá!

sábado, 19 de junho de 2010

Informação em mídias digitais: um barco que veleje nesse infomar – a ponte



Como é que faz pra lavar a roupa?
 Vai na fonte, vai na fonte
Como é que faz pra raiar o dia?
No horizonte, no horizonte
Este lugar é uma maravilha
Mas como é que faz pra sair da ilha?
Pela ponte, pela ponte
A ponte não é de concreto, não é de ferro
Não é de cimento
A ponte é até onde vai o meu pensamento
A ponte não é para ir nem pra voltar
A ponte é somente atravessar
Caminhar sobre as águas desse momento
[...] Nagô, nagô, na Golden Gate
 (Lenine & Queiroga)

Fonte: acervo pessoal - Ponta das Canas - Florianópolis/SC

Chegamos ao final do semestre: este é o último post para a Disciplina de Informação em Mídias Digitais. A proposta é, a partir de tudo que foi tratado até aqui, buscar responder à questão: é possível convergir todos esses elementos informacionais, distribuídos nas diferentes mídias estudadas, para sistematizar a busca e a recuperação da informação de maneira mais ágil e mais eficiente? A resposta imediata é muito simples: sim. Difícil é a resposta à questão seguinte: como? Se tomarmos as metáforas da canção da epígrafe, “como é que faz pra lavar a roupa?” (resolver os problemas), “como é que faz pra raiar o dia?” (sair da escuridão) e “como é que faz pra sair da ilha?” (fazer conexões), as respostas “vai na fonte”, “no horizonte” e “pela ponte” se traduzem numa única: informação-comunicação. Ou seja, para resolver os problemas informacionais, é preciso “sair da ilha”, “atravessar a ponte”. A biblioteca, hoje, não pode mais estar voltada somente para seu próprio acervo, é preciso fazer conexões, pois “nenhum aquário é maior do que o mar” (LENINE; QUEIROGA, 1999), considerando-se o mar de informações que são produzidas ininterruptamente. Não há mais uma única via e sim uma rede neural de possibilidades informacionais. Para facilitar essas conexões, contribuem as novas tecnologias e as mídias digitais.

Uma possível resposta à difícil questão proposta são as redes sociais, já abordadas no post anterior. Pierre Lévy (2001), em seu livro Cibercultura, diz que temos a tentação de, como Noé com sua arca, querer salvar as informações essenciais do dilúvio informacional que nos submerge. Para ele, não é mais possível abraçar o todo, e é imprescindível aprender a conviver com isso. Assim, as redes sociais funcionam como um filtro. Cada grupo terá que fazer sua própria filtragem (uma organização, uma seleção, uma hierarquização) para dar sentido às informações. A responsabilidade de dizer “é isso que nos interessa”, de dar sentido a informações brutas, cabe a nós, não mais à mídia, à televisão, à imprensa, à universidade, ao partido, ao Estado, ao Bon Dieu, segundo o autor. “As comunidades virtuais são grupos de discussão na Internet, nos quais as pessoas trocam perguntas às quais tentam responder. Essa conversação vai criando progressivamente uma memória coletiva, oriunda da interação das pessoas.” (LÉVY, 2001). São as mídias digitais que viabilizam essas redes sociais ou comunidades virtuais com interesses em comum.

Como vimos nos primeiros posts, hoje somos todos consumidores-produtores de informação. Imagine de que tamanho seria a nossa arca se tivéssemos que selecionar um exemplar de cada espécie. Se não é mais possível fazer um resumo de todo o conhecimento da humanidade, tamanho o volume e velocidade com que é renovado, e se também não é possível ficarmos ilhados, são necessários faróis (talvez os profissionais da informação), que sinalizem a terra firme a fim de que as ilhas construam um arquipélago virtual (redes sociais), que neste caso não precisa ser formado por ilhas próximas geograficamente (mas com interesses em comum), pois não há mais fronteiras para a informação: “O astrônomo lunático / Brincando com o sol / Descobre que a distância / Não é mais que um cálculo / É mais, é mais, é mais além [...]”. (LENINE et al., 1992). Vamos então deixar a ilha (seja pela ponte ou pelo mar), estreitar os novos laços sociais, nos apropriarmos da memória coletiva.

E vamos aprender com Gil (1997):

Com quantos gigabytes [terabytes?]
Se faz uma jangada
Um barco que veleje

Que veleje nesse infomar
Que aproveite a vazante da infomaré
Que leve um oriki do meu velho orixá [...]

Que leve meu e-mail até Calcutá
Depois de um hot-link
Num site de Helsinque
Para abastecer

Eu quero entrar na rede
Promover um debate
Juntar via Internet
Um grupo de tietes de Connecticut

De Connecticut acessar [...]
Eu quero entrar na rede pra contactar
Os lares do Nepal, os bares do Gabão

Que o chefe da polícia carioca avisa pelo [telefone] celular [Twitter, talvez, ou já inventaram uma nova mídia?]
Que lá na praça Onze tem um vídeo-pôquer para se jogar




REFERÊNCIAS

LENINE; QUEIROGA, Lula. A ponte. 1997. Disponível em: http://www.lenine.com.br/faixa/a-ponte-1. Acesso em: 18 jun. 2010.

______. A rede. 1999. Disponível em: http://www.lenine.com.br/faixa/a-rede-1. Acesso em: 18 jun. 2010.

LENINE et al. Mais além. 1992. Disponível em: http://www.lenine.com.br/faixa/mais-alem. Acesso em: 18 jun. 2010.

LÉVY, Pierre. Pierre Lévy: depoimento [jan. 2001]. Entrevistador: Marcelo Taz. São Paulo: [s.n.], 2001. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=Wk76VURNdgw&NR=1. Acesso em: 18 jun. 2010.

GIL, Gilberto. Pela Internet. 1997. Disponível em: http://www.gilbertogil.com.br/sec_disco_interno.php?id=34. Acesso em: 18 jun. 2010.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Redes Sociais, Comunidades Virtuais e Mídias Digitais

Redes: uma nova forma de atuar

As redes sociais virtuais estão hoje muito em voga, todo mundo tem o seu perfil em alguma delas: Orkut, Facebook, MySpace, Twitter. Há também as redes sociais em torno de profissões ou comunidades científicas, reunindo profissionais e pesquisadores por área de interesse. Ao usarmos o termo “redes sociais”, por estar tão associado às redes sociais virtuais já mencionadas, temos a idéia de que se trata de um conceito novo. Ao contrário, não podemos sequer dizer que as redes sociais fazem parte da história da humanidade, pois elas são a própria história da humanidade, se entendermos rede social como a teia de relações estabelecidas na execução de nossas atividades cotidianas.

Alguns autores consideram a sociedade pós-industrial capitalista, fragmentária, individualista e egoísta. Para Hume (1983 apud COSTA, 2005), a generosidade humana é limitada por natureza, tratando-se menos de egoísmo do que de parcialidade, pois todo ser humano está limitado ao seu clã. Para Wellman & Berkowitz (1988):


[...] várias análises recentes sofrem de uma “síndrome pastoral”, que compara nostalgicamente as comunidades contemporâneas com os supostos velhos bons tempos. É assim que sociólogos urbanos dizem que o tamanho, a densidade e heterogeneidade das cidades contemporâneas têm alimentado laços superficiais, transitórios, especializados e desconectados nas vizinhanças e ruas. Com isso, os laços de família extensos têm se esvaziado e deixado os indivíduos sozinhos com seus próprios recursos, além de poucos amigos, transitórios e incertos. (WELLMAN; BERKOWITZ apud COSTA, 2005).

Segundo Costa (2005), as comunidades não estariam completamente condenadas na sociedade atual nem existiriam em abundância nas sociedades pré-industriais. Para o autor, o que ocorre é uma mudança de enfoque, das relações de vizinhanças vivendo em pequenas cidades para as relações sociais e sistemas informais de trocas de recursos que vivemos hoje, o que remete a uma transmutação do conceito de “comunidade” em “redes sociais”.

Essas “trocas de recursos” mencionadas pelo autor nada mais é do que a troca de informações. As redes sociais são mais uma característica da sociedade da informação, são ao mesmo tempo o reflexo da “explosão da informação” de que tanto ouvimos falar, e são também uma das causas dela. A nova configuração de comunidades, ou redes sociais é complexa, não tem mais limites geográficos, de vizinhança ou parentesco. Isso possibilita uma interação e cooperação muito maior entre os “nós” dessas redes sociais, ou seja, entre os “atores sociais”, sejam eles virtuais ou não. Assim:


A atual emergência dos novos valores e novos pensamentos é possível graças ao desenvolvimento das tecnologias de comunicação e da informática, às inovações e novas descobertas do pensamento cientifico, à globalização, à evolução da cidadania, aos resultados desastrosos da forma atual (hegemônica) da organização humana, à evolução do conhecimento científico sobre a vida; às novas formas de gerenciamento e atuação empresarial, ao papel determinante da informação e do conhecimento na vida social. (AMARAL, [s.d.]).

E os bibliotecários? Devem atuar como facilitadores/mediadores/promotores das conexões dessas redes, são eles próprios “nós” ou “atores sociais” das novas comunidades virtuais. E as bibliotecas? Devem abrir suas “portas” e seus “portais” deixando que seus espaços físicos e virtuais sirvam de palco para as novas configurações sociais.


REFERÊNCIAS




COSTA, Rogério da. Por um novo conceito de comunidade: redes sociais, comunidades pessoais, inteligência coletiva. Interface (Botucatu) [online]. 2005, v.9, n.17, pp. 235-248. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1414-32832005000200003&script=sci_abstract&tlng=pt. Acesso em: 14 jun. 2010.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Museus na Web


É possível visitar os sites de inúmeros museus na Internet, pois, como tudo mais no contexto atual de nossa sociedade, a grande maioria dos museus possui um site para divulgar suas informações. A natureza das informações divulgadas determina a que categoria pertence determinado site de museu. Conforme Schweibenz (2004, apud CARVALHO, 2008), podemos identificar, no ambiente da Internet, as seguintes categorias de museu:
a) museu folheto: contém informação básica sobre o museu (tipos de coleção, detalhes de contatos, etc.), com o objetivo de informar visitantes potenciais;
b) museu de conteúdo: possui serviço de informação para o visitante virtual, porém é mais útil para especialistas do que para leigos porque o conteúdo não está desenvolvido didaticamente. Tem o objetivo de proporcionar um retrato detalhado de suas coleções;
c) museu do aprendizado: oferece diversos pontos de acesso para seus visitantes virtuais, de acordo com suas idades, antecedentes e conhecimento, pois a informação é apresentada didaticamente e relacionada, através de links, a informações adicionais para que o visitante virtual aprenda mais acerca de um assunto. O objetivo é fazer o visitante virtual retornar e estabelecer uma relação pessoal com a coleção on line;
d) museu virtual: é o próximo passo do ‘museu do aprendizado’, proporciona não apenas informação acerca das coleções da instituição, mas conecta a outras coleções digitais. Não possui acervo físico.

Visitando os sites de museus apresentados a seguir, identificamos as diferentes categorias listadas acima, porém, podemos perceber que as categorias se misturam, sendo uma tarefa difícil classificar determinado site em determinada categoria, pois estas não estão ainda bem definidas. O Web Gallery of Art, por exemplo, não possui acervo físico e conecta o visitante com o acervo de diversos museus da Europa, podemos considerá-lo um museu virtual. Seu conteúdo é bastante detalhado, sendo possível fazer “visitas guiadas” pela arte alemã, ou pelos pintores italianos. O Museu Virtual de Arte Brasileira, da mesma forma, é um museu virtual, pois conecta o visitante com outros sites relacionados a seu conteúdo e também com outras coleções. É apresentado de forma didática, não por idades e antecedentes dos visitantes, mas de forma que o público leigo possa entender e não somente especialistas em arte; não possui acervo físico. O MUVA, Museu Virtual de Artes, pode ser considerado um museu virtual, pois, não possui acervo físico. Neste caso foi simulado um prédio de museu, onde o visitante pode passear, começando “ao ar livre”, onde há inclusive o “barulho do mar”, passando pela porta de entrada do museu, e visitando as diferentes galerias. Podemos dizer que o Museu Virtual do Iraque pertence à categoria museu do aprendizado, pois seu acervo é apresentado de forma didática, embora não conecte o visitante com outras informações sobre os assuntos que apresenta. O MASP, Museu de Arte de São Paulo, é um museu de conteúdo, pois possui informações detalhadas sobre seu acervo, incluindo a reprodução das obras, porém não o disponibiliza ao usuário leigo de forma didática, não possui, por exemplo, exposições virtuais, traz informações sobre as exposições no museu físico somente, e para encontrar informações sobre determinada obra ou artista o usuário já deve conhecer a obra ou o artista para fazer a busca que deseja. O MARGS, Museu de Arte do Rio Grande do Sul, assim como o MASP e pelos mesmos motivos, também pode ser considerado um museu de conteúdo. Um exemplo de museu folheto é o Museu Júlio de Castilhos, que traz somente informações sobre seu ambiente físico, não mostrando seu acervo no site.

Seja em qual for das categorias, é de extrema importância que as unidades de informação possuam um site na Internet. Se não houver recursos para isso, pelo menos um blog contendo um mínimo de informação sobre a unidade deve ser colocado na rede, pois não é possível ficar de fora deste imenso espaço para divulgação da informação que é a Web. O objetivo deve ser sempre o de alcançar a categoria seguinte, mas isso demanda recursos, nem sempre disponíveis. Porém, não é pela falta de recursos que não teremos informações on line: os profissionais da informação devem ser criativos e disponibilizar ao usuário virtual tudo o que puderem sobre a unidade de informação onde atuam.

São muitas as vantagens desses espaços virtuais, pois tornam a informação sem fronteiras. Alguns autores colocam a questão do fim dos museus físicos em função de que o usuário passaria a freqüentar somente o espaço virtual. É uma visão catastrófica e despropositada, pois uma visita virtual não pode ser comparada a conhecer pessoalmente um museu, visitado, muitas vezes, não apenas pela exposição que apresenta, mas também por sua arquitetura, a cultura local, enfim, são inúmeras as motivações. Uma coisa não exclui a outra e sim complementa. Teremos mais condições de aproveitar uma visita a um museu físico se chegarmos lá sabendo previamente algumas informações sobre seu acervo, seus objetivos e até sobre seu horário de funcionamento, pois não é possível visitar uma exposição se faltam dez minutos para fechar. Desde a informação mais básica sobre a unidade, até informações sobre a exposição, todas são bem vindas na rede e encontrarão quem delas necessite. É a lei de Ranganatham, “para cada livro, seu leitor”, adaptada ao mundo virtual: para cada informação, seu usuário.


Referências

CARVALHO, R. M. R. de. Comunicação e informação de museus na internet e o visitante virtual. Museologia e patrimônio, v.1, n.1, jul.-dez. 2008, p. 83-94. Disponível em: http://revistamuseologiaepatrimonio.mast.br/index.php/ppgpmus/article/viewFile/8/4. Acesso em: 31 maio 2010.

LOUREIRO, M. L. de N. M. Webmuseus de arte: aparatos informacionais no ciberespaço. Ciência da Informação, Brasília, v. 33, n. 2, maio-ago. 2004, p. 97-105. Disponível em: http://revista.ibict.br/index.php/ciinf/article/view/93/84. Acesso em: 31 maio 2010.

OLIVEIRA, J. C. O museu digital: uma metáfora do concreto ao digital. Comunicação e Sociedade, v. 12, 2007, p. 147-161. Disponível em: http://revcom.portcom.intercom.org.br/index.php/cs_um/article/view/4796/4509. Acesso em: 31 maio 2010.

domingo, 30 de maio de 2010

Jornais nacionais on line

Já falamos dos jornais internacionais, agora vamos falar dos nossos produtos nacionais. Assim como os jornais internacionais, os nacionais também são uma importante alternativa para os profissionais da informação na hora de atender às necessidades de seus usuários. Muitas das questões trazidas pelo usuário ao serviço de referência de uma unidade de informação podem (ou só podem) ser respondidas com notícias dos jornais diários. As edições on line dos principais jornais brasileiros estão aí para facilitar o trabalho do bibliotecário, pois representam maior rapidez e precisão na pesquisa por informações, tanto atuais (edição do dia) quanto passadas (edições anteriores). Além de demandar um grande espaço para armazenamento, os jornais em papel precisavam ser encadernados para que fossem arquivados nas unidades de informação, com isso gerando custos. Além disso, a pesquisa nos jornais impressos é muito mais demorada, e esse tempo gasto também representa custos para a unidade de informação.

A facilidade de acesso a diferentes jornais on line é outro fator importante a ser considerado ao se optar pelas edições eletrônicas ao invés das impressas. Examinando determinada questão em diferentes jornais on line, teremos uma multiplicidade de pontos de vista que enriquecerão a pesquisa; com os jornais impressos o usuário somente teria acesso aos jornais assinados pela unidade de informação. Como mencionamos no último post, Jornais internacionais on line, cada jornal traz a notícia sob a ótica local, ou seja, sob determinado viés, que pode ser interessante observar. Por exemplo, um jornal do estado do Amazonas poderá trazer notícias sobre a febre aftosa com um enfoque diferente de jornais aqui do Rio Grande do Sul (zona livre de febre aftosa), pois lá é zona de risco da doença.

Este diretório, http://www.jornaisdehoje.com.br/jornais_estados.htm, traz uma lista de jornais on line de cada estado do Brasil. Abaixo, links para os principais jornais brasileiros.

ZERO HORA: sediado em Porto Alegre.
O GLOBO: sediado no Rio de Janeiro.
JB ON LINE: sediado no Rio de Janeiro.
FOLHA ON LINE: sediado em São Paulo.
ESTADÃO: sediado em São Paulo.
CORREIO BRASILIENSE: sediado em Brasília.
O ESTADO DE MINAS ON LINE: sediado em Belo Horizonte.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Jornais internacionais on line


Imagine-se lendo um exemplar do The New Iork Times, sentado num dos bancos do Central Park, em Nova Iorque, numa ensolarada manhã de outono. Em seguida vá até Paris, sente-se em um dos famosos cafés da capital francesa e veja quais são as manchetes do Le Monde. Enquanto espera uma apetitosa pasta em um ristorante italiano, veja quais são as notícias do dia no Corriere della Sera. E depois, que tal conhecer as obras de Gaudí, em Barcelona, se conseguir tirar os olhos do Temple Expiatori de la Sagrada Família, veja que notícias se destacam no El Pais. Seria maravilhoso se fosse possível passarmos um dia assim, não é mesmo? Ir de lá para cá, conhecendo as maravilhas do mundo subitamente, ainda não é possível, mas poder saber o que é notícia em todo o mundo, através dos jornais diários de cada lugar, já é uma realidade. Isso é possível através das edições on line dos principais jornais do mundo, que ganham cada vez maior importância.

E como as edições on line dos jornais internacionais podem auxiliar os profissionais da informação em suas atividades diárias? Como comentado no final do último post, Jornais eletrônicos e os profissionais da informação,os jornais on line trazem grandes facilidades aos profissionais da informação, como acesso, armazenamento, recuperação, preservação e disseminação da informação. Os jornais internacionais on line devem ser mais uma opção para os profissionais da informação, na hora de atender aos usuários, pois representam o acesso às notícias de toda a parte do mundo com um grande diferencial em relação aos jornais nacionais (que também podem trazer notícias internacionais), eles trazem a notícia sob a ótica local, isto é, sob o ponto de vista das pessoas do lugar. Outro aspecto importante a ser considerado em relação aos jornais internacionais é a facilidade de acesso a diversas fontes, obtendo-se assim, a mesma notícia sob vários pontos de vista, o que torna possível a percepção de notícias tendenciosas.

Para os profissionais da informação, a questão da confiabilidade da fonte onde se obtém a informação é de extrema importância, logo, o acesso aos jornais internacionais através da Internet representa um grande avanço, pois é possível aceder a fontes tradicionalmente confiáveis, em versão on line. Informação confiável em meio à imensa quantidade de informação disponível na rede. O acesso aos jornais internacionais de forma instantânea supera as dificuldades de acesso aos mesmos jornais no formato impresso, que já chegavam por aqui com grande atraso em relação às notícias que continham. Além de notícias atualizadas, o acesso aos jornais internacionais on line têm mais uma vantagem em relação ao formato impresso: baixo custo. Nesse caso, a unidade de informação terá somente o custo de acesso à Internet (computadores, provedor) e poderá disponibilizar aos usuários todos os jornais disponíveis na rede, enquanto que no formato impresso, pagaria pela assinatura de cada um deles oferecendo ao usuário informação menos atualizada.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Jornais eletrônicos e os profissionais da informação

Características e implicações do jornalismo na Web
A história dos jornais eletrônicos é bastante recente, inicia-se entre 1995 e 1996. Tim Berners Lee cria a Web em 1989 e o primeiro navegador, o Mosaic, é de 1993: a nova interface gráfica é que permite as primeiras publicações dos jornais digitais. No Brasil, os primeiros jornais a disponibilizarem conteúdos on line são o Jornal do Brasil (hoje chamado JBONLINE), em maio de 1995, e O Estado de São Paulo, em dezembro de 1995 (então chamado de NetEstado, na versão digital e hoje ESTADÃO).

Costuma-se dividir a curta trajetória dos jornais eletrônicos em três estágios. O primeiro estágio é chamado de “Transpositivo”: caracteriza-se pela simples transposição do conteúdo dos jornais impressos para o meio digital; inicialmente eram transferidas partes das publicações tradicionais, sem adaptações, ou seja, sem aproveitar os recursos oferecidos pela linguagem não-linear do hipertexto; geralmente eram atualizados a cada 24 horas, com o fechamento da edição impressa e publicadas apenas algumas notícias selecionada do conteúdo impresso. O segundo estágio é chamado de “Metáfora”: ainda é seguido o modelo do jornal impresso, mas já começam a ser explorados os recursos do hipertexto e as possibilidades multimídias, sendo oferecidos alguns serviços diferenciados do jornal em papel, porém, ainda com a idéia de que o jornalismo digital seria apenas um complemento ou uma extensão do jornalismo tradicional. O terceiro estágio é chamado de “Webjornalismo”: o jornal já é um produto destinado exclusivamente para a Internet, explorando a nova linguagem e as possibilidades da Web. (MIELNICZUK, 2001).

O estágio atual possui algumas especificidades que caracterizam o jornalismo eletrônico. São elas: interatividade – o leitor interage com outros leitores, com o autor e com o próprio jornal; customização/personalização de conteúdo – o leitor escolhe o que quer ler, na ordem e no tempo que preferir; hipertextualidade/multimidialidade convergência – o hipertexto é uma linguagem não-linear, onde o leitor é que escolhe o caminho que irá percorrer na notícia, que não mais é composta somente por texto e fotografia (como no jornal impresso), mas também por vídeos, sons e conteúdos de outros sites relacionados ao assunto, que podem estar linkados à notícia; memória – o conteúdo do jornal eletrônico pode ser acessado por qualquer leitor a qualquer tempo, o volume de informação disponível é muito maior do que na mídia impressa, pois o armazenamento é mais viável técnica e economicamente do que o jornal impresso, o leitor terá acesso a todas as edições, recuperando um número muito maior de informação. (MIELNICZUK, 2001).

Este novo contexto do jornalismo on-line exige a adaptação dos diferentes profissionais envolvidos com a informação. Os jornalistas acostumados à mídia impressa devem estar atentos às mudanças a fim de sobreviverem no mercado, que exigirá nova postura, novos conhecimentos. O jornalismo on-line abre portas para novos jornalistas, pois o mercado exige um bom desempenho acadêmico, mas não necessariamente experiência profissional, pois os jornalistas iniciantes não têm noções pré-concebidas do jornalismo, o que facilita seu desempenho com as novas linguagens. (QUADROS, 2002). No início da segunda década do jornalismo digital, já se percebeu uma diminuição da circulação dos jornais impressos. Essa é uma tendência, visto que as novas gerações estão mais habituadas ao uso das mídias digitais. Os jornais impressos terão que se adaptar à nova realidade, não somente em relação às formas e linguagens da Web, mas também ao fato de que os anunciantes, que financiam a mídia tradicional, tendem a migrar para as novas mídias, onde o contato com o consumidor se dá de forma mais direta e específica, diminuindo os custos com a publicidade. (ALVES, 2006).

Os profissionais das ciências da informação, também devem estar preparados para trabalhar nesse novo contexto: a informação agora está muito mais acessível e em muito maior quantidade. Uma única unidade de informação poderá ter acesso a todos os jornais do país e do mundo disponíveis on-line, enquanto até bem pouco tempo tinha que esperar algumas poucas edições impressas, que já chegavam com atraso em relação às notícias. Tanto para os bibliotecários, quanto para os arquivistas e museólogos, o jornal eletrônico traz grandes mudanças: o acesso à informação é facilitado – a quantidade de informação disponível é muito maior, assim como a qualidade da informação também, pois tendo acesso à variadas fontes, pode-se ter uma visão mais ampla e não tendenciosa, diferentemente de quando se tem acesso a poucas fontes impressas; o armazenamento da informação é facilitado – não são mais necessários grandes espaços destinados ao armazenamento de jornais impressos, pois todo o conteúdo esta disponível on-line; a recuperação da informação é facilitada – o conteúdo dos jornais eletrônicos pode ser mais facilmente recuperado do que o conteúdo dos jornais impressos; a preservação da informação é facilitada – o manuseio constante dos jornais impressos leva a deterioração do papel, assim como condições ambientais, umidade e temperatura, além dos riscos químicos e biológicos como o amarelamento e ressecamento do papel e o aparecimento de fungos e insetos que causam a deterioração do jornal, o que leva a perda da informação nele contida, com os jornais eletrônicos isso não acontece; a disseminação da informação também é facilitada – a informação disponível on-line pode ser consumida por usuários de qualquer parte do mundo.

Os profissionais da informação também devem estar habilitados a tratar a informação digital que tende cada vez mais a aumentar. Para isso, devem estar qualificados tecnicamente e também devem assumir uma nova postura diante deste novo contexto que é a “sociedade de informação”. O fim do trabalho é o mesmo: disponibilizar a informação certa e no tempo certo ao usuário; mas os meios e as tecnologias mudaram: o profissional da informação não está mais limitado ao acervo físico disponível na unidade de informação, pois até mesmo a própria unidade de informação pode ser virtual.


Referências

ALVES, R. C. Jornalismo digital: dez anos de web… e a revolução continua. Comunicação e Sociedade, São Paulo, v. 9-10, p. 93-102, 2006. Disponível em: http://revcom2.portcom.intercom.org.br/index.php/cs_um/article/viewFile/4751/4465. Acesso em: 1º maio 2010.

MIELNICZUK, L. Características e implicações do jornalismo na Web. In: CONGRESSO DA SOPCOM, 2., 2001, Lisboa. Disponível em: http://www.facom.ufba.br/jol/pdf/2001_mielniczuk_caracteristicasimplicacoes.pdf. Acesso em: 1º maio 2010.

QUADROS, C. I. de. Uma breve visão histórica do jornalismo on-line. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO, 25., 2002, Salvador. Anais... Salvador: INTERCOM – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação, 2002.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Simpósio Internacional de Políticas Públicas para Acervos Digitais

Começa hoje, em São Paulo, o Simpósio Internacional de Políticas Públicas para Acervos Digitais, que vai até o dia 29 de abril.

O evento reúne especialisatas do Brasil, da Alemanha, da França, da Argentina, da Holanda e do Canadá para trocarem experiências e discutirem sobre os rumos que as políticas públicas devem tomar para que a digitalização de acervos culturais possa promover o acesso a estes acervos pela maioria da população brasileira, que vive distante dos grandes centros e dos bens culturais do país. Serão apresentados grandes projetos de digitalização em curso atualmente, como Wikimedia e Gallica, da França, e Brasiliana, da USP.

A programação pode ser acessada no site do evento, com transmissão ao vivo pela Internet: http://culturadigital.br/simposioacervosdigitais/.

sábado, 24 de abril de 2010

Vídeos educativos e novos formatos para descrição de vídeos em repositórios digitais


O vídeo representa uma nova forma de aprendizagem. Possibilita uma maior interação com os alunos, porque é uma linguagem múltipla, envolvendo imagens, músicas, falas. Trabalha muito mais com o lado emocional do que com a razão. Isso aproxima o aluno do conteúdo educacional, pois o vídeo trabalhado em sala de aula deve ser consonante com o assunto que está sendo trabalhado pelo professor em outras atividades escolares. Todas as práticas devem estar integradas para que o aluno veja sentido na exibição do vídeo. Há uma tendência de se associar o vídeo com diversão e deve-se tirar proveito dessa boa disposição dos alunos para assistir ao vídeo, apresentando-lhes o conteúdo do currículo de forma dinâmica e interessante, diferente das práticas de ensino tradicionais, em geral sem atrativos para os alunos. (MORAN, 1995).


Os vídeos digitais representam um grande avanço na questão do uso dos vídeos na aprendizagem por serem facilmente disponibilizados na Internet, o que os torna acessíveis e utilizáveis por um número muito maior de pessoas, se comparado ao seu antecessor, o VHS. Esses vídeos são armazenados em bancos de vídeos, que são sites que disponibilizam vídeos de todos os tipos. São muito utilizados para diversão e entretenimento, mas também tornam-se importantes fontes de pesquisa para as mais diversas áreas do conhecimento. O mais famoso deles é o You Tube, há também o Google Vídeos e o Vimeo. São sites de fácil utilização, por isso se tornaram tão populares. Existem também os repositórios de vídeos educacionais que disponibilizam somente vídeos educativos, da mesma forma que os demais bancos de vídeos, como o CvTv, o Academic Earth e o You Tube Edu.

Essa facilidade de disponibilização ainda não é suficiente para garantir que se encontre o vídeo adequado para determinado conteúdo que se pretende abordar em sala de aula. Para saber se o conteúdo do vídeo está de acordo com o que se quer mostrar aos alunos, é necessário assistir todo o vídeo. Essa nova realidade trouxe a necessidade de uma descrição de vídeos por palavras-chave, de forma que esta leve diretamente para a cena que trata do assunto representado por determinada palavra-chave. Já existe um formato para descrição de vídeos, o MPEG-7 que pretende disponibilizar ferramentas (que são descritores, que permitem a criação das descrições) para que a busca em imagens, vídeos e arquivos sonoros seja feita da mesma forma que a busca em textos. (DALLACOSTA, 2007)

Aqui na UFRGS, o CINTED (Centro Interdisciplinar de Novas Tecnologias na Educação) está desenvolvendo mecanismos de extração de vídeos associados a um repositório de objetos educacionais, o Projeto CESTA (Coletânea de Entidades de Suporte ao Uso de Tecnologia na Aprendizagem). O Projeto pretende sistematizar e organizar a catalogação de objetos educacionais, para que o professor possa localizar vídeos educacionais no repositório do CESTA, através de palavras-chave e exibir o filme exatamente nos pontos onde ocorre cada palavra-chave. (DALLACOSTA, 2007)

Referências

DALLACOSTA, Adriana et al. O Vídeo Digital e a Educação. In: CICLO DE PALESTRAS SOBRE NOVAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO, 9., 2007, Porto Alegre. Anais..., Porto Alegre: UFRGS, 2007, p. 1-10. Disponível em: http://www.cinted.ufrgs.br/ciclo9/artigos/3bAdriana.pdf Acesso em 22: abr. 2010.

MORAN, José Manuel. O vídeo na sala de aula. Comunicação & Educação, São Paulo, n. 2, p. 27-35, jan.-abr. 1995. Disponível em: http://www.eca.usp.br/prof/moran/vidsal.htm Acesso em: 21 abr. 2010.