sábado, 24 de abril de 2010

Vídeos educativos e novos formatos para descrição de vídeos em repositórios digitais


O vídeo representa uma nova forma de aprendizagem. Possibilita uma maior interação com os alunos, porque é uma linguagem múltipla, envolvendo imagens, músicas, falas. Trabalha muito mais com o lado emocional do que com a razão. Isso aproxima o aluno do conteúdo educacional, pois o vídeo trabalhado em sala de aula deve ser consonante com o assunto que está sendo trabalhado pelo professor em outras atividades escolares. Todas as práticas devem estar integradas para que o aluno veja sentido na exibição do vídeo. Há uma tendência de se associar o vídeo com diversão e deve-se tirar proveito dessa boa disposição dos alunos para assistir ao vídeo, apresentando-lhes o conteúdo do currículo de forma dinâmica e interessante, diferente das práticas de ensino tradicionais, em geral sem atrativos para os alunos. (MORAN, 1995).


Os vídeos digitais representam um grande avanço na questão do uso dos vídeos na aprendizagem por serem facilmente disponibilizados na Internet, o que os torna acessíveis e utilizáveis por um número muito maior de pessoas, se comparado ao seu antecessor, o VHS. Esses vídeos são armazenados em bancos de vídeos, que são sites que disponibilizam vídeos de todos os tipos. São muito utilizados para diversão e entretenimento, mas também tornam-se importantes fontes de pesquisa para as mais diversas áreas do conhecimento. O mais famoso deles é o You Tube, há também o Google Vídeos e o Vimeo. São sites de fácil utilização, por isso se tornaram tão populares. Existem também os repositórios de vídeos educacionais que disponibilizam somente vídeos educativos, da mesma forma que os demais bancos de vídeos, como o CvTv, o Academic Earth e o You Tube Edu.

Essa facilidade de disponibilização ainda não é suficiente para garantir que se encontre o vídeo adequado para determinado conteúdo que se pretende abordar em sala de aula. Para saber se o conteúdo do vídeo está de acordo com o que se quer mostrar aos alunos, é necessário assistir todo o vídeo. Essa nova realidade trouxe a necessidade de uma descrição de vídeos por palavras-chave, de forma que esta leve diretamente para a cena que trata do assunto representado por determinada palavra-chave. Já existe um formato para descrição de vídeos, o MPEG-7 que pretende disponibilizar ferramentas (que são descritores, que permitem a criação das descrições) para que a busca em imagens, vídeos e arquivos sonoros seja feita da mesma forma que a busca em textos. (DALLACOSTA, 2007)

Aqui na UFRGS, o CINTED (Centro Interdisciplinar de Novas Tecnologias na Educação) está desenvolvendo mecanismos de extração de vídeos associados a um repositório de objetos educacionais, o Projeto CESTA (Coletânea de Entidades de Suporte ao Uso de Tecnologia na Aprendizagem). O Projeto pretende sistematizar e organizar a catalogação de objetos educacionais, para que o professor possa localizar vídeos educacionais no repositório do CESTA, através de palavras-chave e exibir o filme exatamente nos pontos onde ocorre cada palavra-chave. (DALLACOSTA, 2007)

Referências

DALLACOSTA, Adriana et al. O Vídeo Digital e a Educação. In: CICLO DE PALESTRAS SOBRE NOVAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO, 9., 2007, Porto Alegre. Anais..., Porto Alegre: UFRGS, 2007, p. 1-10. Disponível em: http://www.cinted.ufrgs.br/ciclo9/artigos/3bAdriana.pdf Acesso em 22: abr. 2010.

MORAN, José Manuel. O vídeo na sala de aula. Comunicação & Educação, São Paulo, n. 2, p. 27-35, jan.-abr. 1995. Disponível em: http://www.eca.usp.br/prof/moran/vidsal.htm Acesso em: 21 abr. 2010.



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